sábado, 28 de julho de 2012

O trigo e o joio

A contradição faz parte da vida de todos nós porque, se por um lado temos a presença da graça em nossas vidas e o chamado à santidade, por outro conhecemos a realidade do pecado como consequência da tendência para o mal, que é a concupiscência, que ficou na natureza humana como uma marca deixada pelo pecado original.
Isso significa que a parábola do trigo e do joio nos mostra não apenas a realidade do mundo em que vivemos e as suas contradições, mas também a nossa própria vida, na qual sempre vemos o bem que queremos e algumas vezes praticamos o mal que não queremos. Isso não significa que é legítimo ceder ao joio que marca a nossa vida, mas que devemos estar sempre atentos a ele para não cairmos em tentação.

Pai, enche de misericórdia o meu coração para que,
 como Jesus, eu me solidarize com os pecadores,
e procure atraí-los para ti.
Amém!

sábado, 21 de julho de 2012

Prática libertadora

Em Jesus, Filho de Deus e filho de Maria, a humanidade é libertada e resgatada.
Jesus, ao longo de seu ministério, manifestou seu amor vivificante, empenhando-se na libertação dos oprimidos pelo império romano e pelo poder religioso sediado no Templo de Jerusalém, com filiais nas sinagogas. Os evangelhos narram como os chefes religiosos de Israel, sentindo-se ameaçados em seu poder, empenham-se em condenar Jesus decidindo matá-lo.
Jesus, dedicando-se à formação dos discípulos, que continuarão sua missão, procura, evitar a própria morte. Porém, continua em contato com as multidões, com sua prática libertadora.
Jesus é manso e humilde de coração e rejeita toda violência. Contudo, com absoluta firmeza, empenha-se em resgatar a dignidade humana, em seus direitos e em sua liberdade, denunciando toda opressão e comunicando vida e amor ao mundo.
- José Raimundo Oliva -

Pai, meu único desejo é
estar em comunhão contigo, para que,
como Jesus, eu saiba discernir,
em cada circunstância, a melhor maneira de agir.
Amém!

sábado, 14 de julho de 2012

Sem temor

Os discípulos terão as mesmas provações de Jesus, sob as ameaças e perseguições dos poderosos. Contudo, devem anunciar e denunciar, sem nenhum temor, pois o Pai os tem em conta mais do que tudo.
Não se trata de disputar o poder com o opressor, mas sim de nunca deixar de proclamar a mensagem libertadora dos oprimidos, sem ódio e sem medo da própria morte.
Declarar-se por Jesus diante dos homens é viver o amor, a justiça e a fraternidade, em união com Ele e, por Ele, com o Pai.
- José Raimundo Oliva -

Pai, que a perseguição malvada dos
que pretendem levar-me a ser infiel à missão
recebida de Jesus jamais me impeça de
seguir adiante, com coragem.
Amém!

sábado, 7 de julho de 2012

Sobre o jejum

O jejum era uma das mais simbólicas observâncias do judaísmo, as quais davam margem à hipocrisia da classe religiosa dirigente. Proclamavam-se fiéis observantes da Lei, mas faltava-lhes o amor para com o povo humilde e frágil.
A tônica desta narrativa, no Evangelho de Mateus 9,14-17, é o questionamento sobre a observância do jejum. Em contraposição a esta tradicional observância, Jesus destaca que é chegado o momento do banquete nupcial, com a presença do noivo entre os convidados. Jesus usa esta expressiva imagem, tradicional no Antigo Testamento, para designar a alegria e felicidade e o desabrochar da vida que sua presença traz para seus discípulos.
- José Raimundo Oliva -

Pai, dá-me suficiente bom senso para
reconhecer o que corresponde ao projeto de Jesus,
sem querer misturá-lo com esquemas
incompatíveis com a novidade do Reino.
Amém!